Arquivo mensal: Novembro 2013

POPSTAR, novo e melhorado

O POPSTAR tem funcionalidades novas:

1. Os gráficos podem agora ser vistos em detalhe, um de cada vez, como aqui. Isto é verdade para todos os gráficos.

2. Nos gráficos sobre buzz no Twitter, nas notícias online e nos blogues, assim como nos gráficos sobre sentimento sobre líderes políticos no Twitter, passa a ser possível escolher qual o smoother que queremos ver. Podemos ver o que tem sensibilidade média, e que é mostrado por defeito:

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O mais sensível, adequado para detectar tendências de curto prazo:
Screen shot 2013-11-26 at 12.34.01E o menos sensível, adequado para detectar tendências de longo prazo:
Screen shot 2013-11-26 at 12.36.27

3. Há um dashboard, que mostra os resultados mais recentes de cada um dos indicadores que oferecemos e respectivas tendências. Isto inclui buzz e sentimento para líderes políticos, avaliação da actuação dos líderes políticos em sondagens, e intenções de voto. No caso do buzz e do sentimento, os indicadores e tendências mostrados dizem respeito ao smoother mais sensível.

4. O link Dados está activado, permitindo a qualquer pessoa descarregar os dados que são mostrados no POPSTAR em formato .csv.

5. Em cada gráfico, há funcionalidades de partilha no Twitter e no Facebook, assim como de exportação do gráfico para ficheiro de imagem .svg.

6. E temos uma versão completa do site em inglês.

Eurosondagem, 5 Nov, N=1005, Tel.

Nova sondagem, desta vez da Eurosondagem, medindo intenções de voto e avaliações da actuação dos líderes político-partidários. Impacto reduzido nas nossas estimativas:
PS: 36,5% (+0,2)
PSD: 26,5% (-0,4)
CDU: 12,3% (-0,4)
CDS-PP: 7,5% (+0,1)
BE: 6,4% (-0,2)

Leituras possíveis de médio prazo:
* Tendo subido continuamente nas intenções de voto até ao final de 2012, o PS esteve depois relativamente estável em torno dos 34% até Maio de 2013 (“TSU dos reformados). A partir daí, voltou a subir lentamente.
* Depois da queda de Setembro de 2012 (“TSU”), em que passou para 2º lugar nas intenções de voto, o PSD continuou a descer até Julho de 2013 (“crise política”), chegando ao seu mínimo (25%). Teve a partir daí uma ligeira recuperação, mas já voltou a perder parte do que tinha recuperado.
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* Depois da subida da CDU ao longo de quase toda a legislatura, os seus resultados estão estáveis desde Junho passado em torno dos 12%.
* Depois de ter chegado a um máximo de 9% no início do ano de 2013, o BE tem descido, especialmente desde a crise política de Julho.
* Depois de ter chegado a um máximo de 9% em Maio/Junho de 2013, o CDS tem também descido desde a crise política de Julho.
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Notas de 0 a 20:
Aníbal Cavaco Silva: 6,1 (-0,1)
Pedro Passos Coelho: 3,3 (-0,3)
António José Seguro: 9,8 (=)
Jerónimo de Sousa: 10,8 (-0,2)
Paulo Portas: 6,3 (-0,2)
João Semedo e Catarina Martins: 9,5 (-0,1)

Marktest, 25 Outubro, N=803, Tel.

Uma nova sondagem com intenções de voto em legislativas e avaliação da actuação dos principais líderes políticos. As intenções de voto:
PS: 35,8%
PSD: 26,2%
CDU: 16,6%
BE: 5,5%
CDS-PP: 2,3%

A nossa estimativa, usando a informação desta e das restantes sondagens (entre parêntesis, comparação com resultados da anterior estimativa):
PS: 36,3% (=)
PSD: 26,9% (+0,1)
CDU: 12,7% (+0,7)
CDS-PP: 7,4% (-0,5)
BE: 6,6% (-0,2)

Evolução e intervalos de confiança, assim como tendências na avaliação dos líderes políticos, podem ser consultados aqui.

Buzz e sentimento no POPSTAR em 2013

Se a crise política de Julho foi uma reacção de Paulo Portas à relativa marginalização do CDS na coligação, esse problema parece estar resolvido, pelo menos do ponto de vista da notoriedade pública. Portas, também com a ajuda do “guião da reforma do estado”, vem consolidando a sua posição como segunda figura política sobre a qual há mais buzz online no país. Na twittosfera e na blogosfera, essa segunda posição já é uma realidade pelo menos desde Maio passado, com a controvérsia da “TSU dos pensionistas”. Nas notícias online, é com a demissão de Julho que Portas chega ao 2º lugar, para não mais o deixar. Aliás, para os utilizadores do Twitter, o buzz gerado em torno de Portas começa a ameaçar o do próprio líder do PSD e Primeiro Ministro.
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Contudo, como sabemos, ser-se mencionado na twittosfera não é necessariamente ser-se mencionado numa luz positiva. Pelo contrário. O rácio entre menções positivas e negativas, que durante muito tempo teve Passos Coelho na posição mais desfavorável de todas, tem hoje em dia Paulo Portas numa posição tão negativa como a do Primeiro Ministro. E de todas as menções negativas, mais de um terço vão sendo dirigidas ao líder do CDS, quase tantas como as que são feitas sobre Passos Coelho.
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Em comparação com este aumento de notoriedade e hostilidade em relação ao líder do CDS-PP, António José Seguro vem passando relativamente despercebido, especialmente desde meados de Setembro. Se isto é “bom” ou “mau” é algo que não estamos (ainda) em condições de dizer, mas esperamos estar em breve quando começarmos a comparar estas séries com as da popularidade tal como medida nas sondagens (se bem que, no caso de António José Seguro, essa série gere as suas próprias perplexidades).

Em comparação com estas três figuras, as lideranças do BE e do PCP parecem praticamente não existir no espaço público, especialmente no caso da twittosfera e da blogosfera:
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Em consequência, é também sobre em relação a eles que o rácio entre menções positivas e negativas no Twitter é menos desfavorável:
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O que, curiosamente, tem um paralelismo na avaliação da sua actuação nas sondagens:
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Num contexto como o actual, crise económica, polarização política e hostilidade em relação aos políticos e aos partidos, de que é feita a “popularidade”? De alguma indiferença, dir-se-ia…