Buzz e sentimento no POPSTAR em 2013

Se a crise política de Julho foi uma reacção de Paulo Portas à relativa marginalização do CDS na coligação, esse problema parece estar resolvido, pelo menos do ponto de vista da notoriedade pública. Portas, também com a ajuda do “guião da reforma do estado”, vem consolidando a sua posição como segunda figura política sobre a qual há mais buzz online no país. Na twittosfera e na blogosfera, essa segunda posição já é uma realidade pelo menos desde Maio passado, com a controvérsia da “TSU dos pensionistas”. Nas notícias online, é com a demissão de Julho que Portas chega ao 2º lugar, para não mais o deixar. Aliás, para os utilizadores do Twitter, o buzz gerado em torno de Portas começa a ameaçar o do próprio líder do PSD e Primeiro Ministro.
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Contudo, como sabemos, ser-se mencionado na twittosfera não é necessariamente ser-se mencionado numa luz positiva. Pelo contrário. O rácio entre menções positivas e negativas, que durante muito tempo teve Passos Coelho na posição mais desfavorável de todas, tem hoje em dia Paulo Portas numa posição tão negativa como a do Primeiro Ministro. E de todas as menções negativas, mais de um terço vão sendo dirigidas ao líder do CDS, quase tantas como as que são feitas sobre Passos Coelho.
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Em comparação com este aumento de notoriedade e hostilidade em relação ao líder do CDS-PP, António José Seguro vem passando relativamente despercebido, especialmente desde meados de Setembro. Se isto é “bom” ou “mau” é algo que não estamos (ainda) em condições de dizer, mas esperamos estar em breve quando começarmos a comparar estas séries com as da popularidade tal como medida nas sondagens (se bem que, no caso de António José Seguro, essa série gere as suas próprias perplexidades).

Em comparação com estas três figuras, as lideranças do BE e do PCP parecem praticamente não existir no espaço público, especialmente no caso da twittosfera e da blogosfera:
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Em consequência, é também sobre em relação a eles que o rácio entre menções positivas e negativas no Twitter é menos desfavorável:
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O que, curiosamente, tem um paralelismo na avaliação da sua actuação nas sondagens:
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Num contexto como o actual, crise económica, polarização política e hostilidade em relação aos políticos e aos partidos, de que é feita a “popularidade”? De alguma indiferença, dir-se-ia…

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